IDADE MÉDIA- MARIA EDUARDA CASTILHOS

IDADE MÉDIA
                                 UMBERTO ECO
             
MARIA EDUARDA DA ROSA CASTILHOS.

A Idade Média foi um marco muito importante na história. Há vários pontos negativos nela, os diabos e suplícios infernais. Mas, ao mesmo tempo, eles celebravam a alegria de viver e também, é a época da luz. Acho que há mais pontos negativos do que positivos, pois assassinavam e estupravam vários muitos meninos.


1- A Idade Média não é um século. Não é um século, como o século XVI ou o século XVII, nem um período bem definido e com características reconhecíveis como o Renascimento, o Barroco ou o Romantismo.




2- A Idade Média não é um período exclusivo da civilização europeia. Ao mesmo tempo que a Idade Média ocidental, ocorre a do império do Oriente, que continua viva nos esplendores de Bizâncio durante mil anos depois da queda de Roma.

3- Os séculos medievais não são a Idade das Trevas, as Dark Ages dos autores anglófonos. Se com esta expressão se pretende aludir a séculos de decadência física e cultural agitados por terrores sem fim, fanatismo, intolerância, pestilências, fomes e carnificinas, este modelo poderá ser aplicado, em parte, aos séculos que decorrem da queda do Império Romano até ao novo milénio ou, pelo menos, ao renascimento carolíngio.

4- A Idade Média não tinha só uma visão sombria da vida. É verdade que a Idade Média está cheia de tímpanos de igrejas românicas repletos de diabos e suplícios infernais e que vê circular a imagem do Triunfo da Morte; que é uma época de procissões penitenciais e, por vezes, de uma nevrótica expectativa do fim, que os campos e os burgos são percorridos por bandos de mendigos e de leprosos e que a literatura tem, por vezes, a alucinação das viagens infernais. Mas, ao mesmo tempo, a Idade Média é a época em que os goliardos celebram a alegria de viver e é, acima de tudo, a época da luz.

5- A Idade Média não ignora a cultura clássica. Embora tendo perdido os textos de muitos autores antigos (os de Homero e dos trágicos gregos, por exemplo), conhecia Virgílio, Horácio, Tibulo, Cícero, Plínio, o Jovem, Lucano, Ovídio, Estácio, Terêncio, Séneca, Claudiano, Marcial e Salústio.

6- A Idade Média não foi uma época em que ninguém se atrevia a ir além dos limites da sua aldeia. É bem sabido que a Idade Média foi uma época de grandes viagens: basta pensar em Marco Polo. A literatura medieval está repleta de relatos de viagens fascinantes, ainda que com uma abundância de elementos lendários, e os vikings e os monges irlandeses foram
grandes navegadores, para não falar das repúblicas marítimas italianas. Mas, acima de tudo, a Idade Média foi uma época de peregrinações, em que até os mais humildes se metiam ao caminho em viagens penitenciais a Jerusalém, a Santiago de Compostela ou a qualquer outro famoso santuário onde estivessem conservadas as milagrosas relíquias de algum santo.

7- A Idade Média não é sempre misógina. Os primeiros padres da Igreja manifestam um profundo horror à sexualidade, de tal modo que alguns recorrem à autocastração, e a mulher é sempre apontada como fomentadora do pecado. Esta misoginia mística está presente no mundo monástico medieval.

8- Idade Média não foi a única época iluminada por fogueiras. Queimava-se gente na Idade Média e não só por motivos religiosos, mas também por motivos políticos, pensemos no julgamento e condenação de Joana d’Arc. Ardem hereges como frei Dolcino e ardem criminosos como Gilles de Rais, que assassinou e estuprou muitos meninos (falava-se de 200).


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