Leonardo C. Brandão
MEMORIAL DE MARIA MOURA
Uma história de Um Brasil que beira a ficcional e a real, Maria Moura representa a força de Uma mulher que venceu o preconceito e virou uma verdadeira lenda. Uma história de amor e desamor. Um livro de aventuras de um vasto painel, mural panorâmico, retrato sem retoques de relações sociais, culturais, morais, afetivas entre personagens sábia e comovidamente delineados. Mulher corajosa e destemida, através de seus homens de confiança, tocaias, moitas, justiças e injustiças, num mundo de regras próprias e sem lei esse é sobretudo um . O romance começa com o padre com o qual Maria quando era mocinha havia se confessado dizendo que iria matar o padrasto que a molestava. Certa manhã, a mãe amanheceu morta, enforcada, perto da cama que ela repartia com este padrasto. Maria deveria ter uns 17 anos na época e desde então percebeu que estava sozinha e teve medo. Após a morte da mãe, por este mesmo padrasto Luiz Liberato apareceria morto numa tocaia. Com a chegada desse para conversar com a já temida Dona Maria Moura começa a narrativa de reminiscências. Esse é um trecho do livro que resuma seu teor: "Minha primeira ação tinha que ser a resistência. Eu juntava os meus cabras - os três rapazes. João Rufo (que em tempos antes já tinha dado suas provas). Os dois velhos poderim servir para municipar as armas, na hora da precisão. Eu queria assustar o Tonho. Nunca se viu mulher resistindo à força contra soldado. Mulher, pra homem como ele, só serve pra dar faniquito. pois, comigo eles vão ver. E se eu sinto que perco a parada, vou-me embora com os meus homens."Com seu fiel parceiro João Rufo usa de astúcia e perspicácia para vencer todos seu inimigos. Protesto. Denúncia. Indignação. Raiva. Orgulho. Soberba. Alucinação. Exasperação de todos os sentimentos - péssimos e ótimos - passíveis de serem experiemntados por esse ser que teima, se obstina em ainda ser humano.
SOBRE O MEMORIAL
O enredo começa com a visita de um padre, cujo nome é José Maria, a Maria Moura, que teria confessado a ele que iria matar o seu padrasto por ele ter abusado dela. O drama começa narrando a vida de uma mulher sofrida que tinha apenas 17 anos quando perdeu, uma a uma, as razões da sua vida. Primeiro, encontrou sua mãe morta. Depois, foi seduzida pelo padrasto e provável assassino de sua mãe. Depois se mete em uma briga com seus primos por causa de terras.
No contexto de cada parte do enredo percebe-se a vida miserável de uma mulher que poderia ter desistido de viver devido a tantos acontecimentos trágicos em sua vida. Mas não, ela sempre foi uma mulher decidida que resolve mudar sua vida para esquecer seus problemas, até a visita do padre José Maria que a faz lembrar de todo o sofrimento do passado.
Maria Moura foge de sua cidade em busca de uma serra. Ela começa uma nova vida com seus capangas, trama a morte de seu padrasto e em seguida a morte de seu amante, que a ajudou a derramar o sangue daquele que teria abusado dela durante anos.
Por fim Maria se submete a várias brigas, mas nenhuma lhe causara medo a ponto de desistir de lutar por sua vida. Ela se saia bem assim como se saiu quando perdeu, aos poucos, a razão de sua existência.
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